domingo, 8 de novembro de 2009

Essência!

E não esqueço a panturilha. Agora a da perna esquerda. É mole?
Mesmo assim, corri meia maratona nos últimos dois domingos. É ter calma . . .e perder peso!

Falando sobre essência:

O AMOR NÃO ACABA, NÓS É QUE MUDAMOS
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.
Paixão termina, amor não.
Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaço enguanto for bem vindo.

Acho que a autora está mais ou menos certa. E que história é essa? Mais ou menos? Pois é. Mais ou menos. De maneira que estou “puto” com os petistas. São radicais, inflexíveis, donos da verdade, malgrado escrotos e ladrões. Não quer dizer que não vá votar na candidata do Lula: se ele escolher uma cachorra (animal irracional), voto nela.

Leiam o “caso dos exploradores de caverna”, e concordem comigo. A mim me basta a experiência de vida.

Seguem fotos dos incansáveis: eu e George. Ao fundo, a pista de Cooper da UFPE, donde partimos, algumas vezes, rumo ao “primeiro mundo” dos Brennand.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Felicidade!

Não deixei de correr. Diminui o volume. Estou correndo, em média, 35 Km por semana. Vou aumentando aos poucos, até a próxima maratona . . . E me perguntaram se eu era feliz. Hesitei. Questionei de forma filosófica: o que é felicidade? Confundi.

Vejam o texto que extraí de um blog:

O que é Felicidade?

Enigma que desde sempre inquieta a humanidade.

Segundo Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda a felicidade há mais de duas décadas, conceitua a sensação de bem-estar: “É difícil dizer o que é, mas sei quando eu a vejo. É simplesmente se sentir bem”. Em suas pesquisas e livros sobre o tema, Gilbert mostra o que teimamos em não perceber no dia-a-dia: a felicidade não é uma sensação eterna, é um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer.

Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projectos.

Não há respostas concretas mas há pistas do que leva até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse.

Segundo o psicólogo israelita Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, passamos a julgar nossa felicidade não pela situação actual, mas pela perspectiva de melhorar de vida no futuro. A conclusão de Kahneman faz parte de um estudo feito nos últimos anos sobre o modo de viver dos americanos. Há meio século, o sonho de uma família de classe média era ter a casa própria, um carro na garagem e pelo menos um filho na universidade. Os dados mostram que o sonho americano se transformou em realidade. E, apesar de alcançar seus objectivos, esse povo não se considera satisfeito ou feliz.

A felicidade não é permanente porque não dá para estar bem o tempo todo. Mas também não precisa ser uma eterna projecção.

Dicas para felicidade

• Aprenda a viver aqui e agora.
• Valorize o aspecto positivo.
• Redescubra a sua própria inocência.
• Conceda-se pequenos prazeres.
• Deixe agir o seu instinto.
• Fotografe seus momentos felizes.
• Respire profundamente, faça exercícios e cuide da saúde
• Use a criatividade
•Deixe fluir a sua energia interior.
•Ouse

A alegria de viver

É compreender que dentro de nós próprios, no profundo há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que nos indique o caminho.

Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contacto com o nosso espaço interior e com a nossa essência.

Observar os incômodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios.

Nos aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida.

domingo, 20 de setembro de 2009

Maconheiros!

Virou moda. Toda semana um ator da rede Globo se revela “ex-viciado”. A bola da vez: Fernandinha Montenegro (Revista “Isto é”).

Hipócritas. São todos hipócritas. Qualquer probleminha de “merda”, verbi gratia, o fim de um relacionamento, uma discussão familiar, uma decepção no trabalho, e coisitas afins, afundam na maconha e na cocaína. Passam um mês numa clínica e voltam garbosos, com a maior naturalidade, propalando a façanha. E o povo engole, elogia, acha o máximo.

Essa “elitezinha” de merda deveria ser banida dos meios de comunicação, no mínimo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Lugar-comum

Ando meio distante do blog. Tenho corrido pouco, à conta da dor na panturilha. Vou voltar. Mas não como antes. O meu foco, de agora por diante, vai ser o controle da freqüência cardíaca. Vou tentar não me desviar disso. Com certeza, colherei melhores resultados, especialmente quanto à saúde.

Mudando de assunto, estou lendo “lugares comuns”, de Fernando Sabino. Vocês sabem o que é um lugar-comum? Vejam o que diz o escritor:

Quando um substantivo e um adjetivo aparecem sempre juntos acabam formando um lugar-comum.

Lugar-comum. Aqui, o substantivo juntou-se ao adjetivo para formar uma terceira palavra, dar nome a alguma coisa mais. Alguma coisa comum, ou seja, trivial, batida, vulgar, ordinária como expressão de uma idéia, e que tanto pode assumir a forma verbal, como a de certas atitudes intenções e mesmo objetos em determinadas circunstâncias.

Determinadas circunstâncias, por exemplo, é um lugar-comum.

A existência do lugar-comum depende, pois, da idéia que pretende exprimir; a trivialidade nasce da sua repetição. “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci não é trivial, mas sua reprodução numa sala de jantar é um lugar-comum. Já o pingüim de louça em cima da geladeira invade o domínio do Kitsch: o lugar-comum como pseudo-arte, na forma de objeto ou estilo de mau gosto.

(. . .)

O Homem é um animal racional, embora não pareça. Não há criança que, na escola, não tenha achado graça ao aprender isto, divertindo-se com os colegas: seu pai é um animal, dizem uns para os outros.

Mas a criança é o pai do homem, se me permitem este lugar-comum que Wordsworth inventou. Antes de se saber animal e filho de animal, já se sabe usar a razão que Deus lhe deu, segundo a qual as palavras têm um significado concreto e definido, que pode ser colhido nos dicionários, servindo para designar exatamente aquilo para o qual foram criadas. Em conseqüência, os mistérios da linguagem figurada escapam de muito à tão apregoada imaginação infantil.

Para as crianças, nada existe senão ao pé da letra __ e não duvido que, diante desta expressão, pensassem logo numa letra com pés, dedos, unhas e sapatos. Ir num pé e voltar noutro, por exemplo, para o menino que fui, era uma façanha tão difícil como sair pela rua pulando numa perna só, depressa para atender a urgência contida na ordem de minha mãe.

Assim também, meu pai mandar que o empregado desse um pulo na cidade me parecia uma ordem extravagante, como ordenar que o pobre homem fosse até o centro da cidade, juntasse as pernas, desse um pulo no ar diante dos transeuntes e voltasse para casa. Nunca me conformei com a idéia de virar um palito se comesse pouco ao jantar, de virar uma bola se comesse muito e, em ambas as hipóteses, ficar de cara amarrada porque não queria obedecer. Amarrar a cara evidentemente só seria possível com auxílio de cordas, e se nela houvesse um só pingo de vergonha, ela me escorreria pelo rosto como uma lágrima até pingar no chão.

Mas a fé removia montanhas __ o que bastava para fazer desaparecer o morro atrás do qual o sol se escondia. Um dia ouvi uma visita dizer que tinha feito das tripas coração, o que constitui um sério abalo para as minhas ainda confusas noções de anatomia. Ficar com o coração na mão era coisa que só muito mais tarde vim a entender __ e reconheço que, desde então, isso passou a me acontecer com alguma freqüência.

Começa a penetrar os mistérios da linguagem figurada e ia ingressando, submisso, no mundo convencional que me deixavam como herança. Idéias que só se impõem pelo fato de ser repetidas; hábitos que se formam pelo fato de ser impostos; palavras cuja significação original há muito se perdeu e que são usadas como rebanhos pacíficos. Gestos de valor convencionado como o das moedas, para o comércio da convivência.

Um dia descobriria com espanto uma simples verdade, como o céu é azul, o oceano é imenso, a noite é bela. E o céu passava a ser azul só para mim, o oceano imenso porque eu o queria assim, a noite era a mais bela que o dia porque era só minha, de mais ninguém. As idéias herdadas iam sendo reaprendidas, iam sendo desenterradas do lugar comum como uma recriação. Era o que eu precisava para me tornar escritor.

Escrever bem não é repetir o que já foi bem escrito: é revalorizar os meios de expressão, juntar ou separar palavras para fazê-las reagir, servir-se do que já foi dito para dizer pela primeira vez. Como fez Gide, ao confessar: “Os extremos me tocam.” Como fez Machado de Assis, ao dizer que “o major chovia a cântaros”. Como fez Mário de Andrade, exclamando: “Amar sem ser amado, ora pinhões!” É preciso reabilitar para a literatura as idéias cuja expressão a frase feita consumiu. Surpreender o lugar-comum como a um inimigo a libertar a verdade que possa encerrar. Usar esta verdade na descoberta de outras que um dia venham a ser lugar-comum.





sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O tempo e o rio!

Depois de 12 sessões de fisioterapia, muito descanso, 1kg mais gordo, voltei a correr, mas em ritmo lento, passo de tartaruga. O jeito é esperar, dar um “tempo”.

O tempo resolve com efeito quase todas as dores, seja da alma ou do corpo (considerando-os dissociados). Não obstante, não se pode dizer efetivamente que ele exista. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma.
Vejam excelente estudo sobre o tempo no site: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/curioso/cap03/cap3framebaixo.php. Ainda sobre o assunto, e em complemento ao post anterior, vale a pena ver o vídeo abaixo:




Deixando as questões filosóficas de lado, o trânsito do Recife está infernal. Isso era previsível, pois que é impossível contrariar a lei de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. É elementar meu caro Watson! Enquanto a quantidade de carros circulando aumenta a cada dia, as ruas permanecem as mesmas, e mais esburacadas.

Cidade entrecortada por rios, a “Veneza Brasileira” não utiliza a via aquática para transporte, por que será?

Para se ter uma idéia, vejam as fotos:





















E em São Vicente Férrer, cidade do interior de Pernambuco, houve concurso para eleger a mulher mais feia. A imprensa fez presença. O repórter entrevistou a ganhadora:
-- Por que a senhora decidiu participar do evento?
-- Bem, eu estava jantando com o meu marido e ouvimos a notícia no Rádio, no que ele sugeriu: “vai mulher que tu ganha”.
Sem comentários:

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O tempo é máquina de fazer monstro!

Lesão na panturilha é coisa séria. Como disse no último “post”, estava praticamente curado da dor que acometia o músculo havia umas duas semanas. Nesse passo, malhei na segunda, corri meia hora na esteira na terça, malhei na quarta, corri meia hora na esteira na quinta, corri 10Km em Brennand na sexta, corri meia hora na esteira no sábado, e corri 12 Km no domingo, pelo centro da cidade.

Pequei pelo excesso. A cicatrização não se completou, tampouco houve fortalecimento (se houve, foi insuficiente). A dor voltou, e com muito mais intensidade.

Pesquisando na internet, garimpei o seguinte:
As lesões musculares são as mais comuns no dia-a-dia do corredor, e nem por isso são as mais simples de tratar. O problema da reincidência sempre existe, e a lesão se torna cada vez mais grave quando isto acontece. Muito provavelmente você foi vítima de uma lesão muscular que acometeu sua panturrilha, mas pode ser que tenha pulado etapas na sua recuperação, ou não tenha esperado o tempo suficiente para a lesão cicatrizar. Realizou exercícios de fortalecimento para esta musculatura antes de retornar às corridas? Quais medidas analgésicas foram prescritas a você durante o tratamento? Foi realizado um exame de imagem, como o ultra-som, para auxiliar no diagnóstico ou para avaliar o andamento da cicatrização? Voltou correndo na esteira ou na rua, e em ritmo mais lento ou em seu ritmo normal? Diminuiu a intensidade, freqüência e volume de suas corridas quando voltou a treinar? Todas estas são perguntas importantes que vão nortear melhor sua recuperação. Converse com seu ortopedista a respeito disto.

De volta ao estaleiro. Fisioterapia, gelo, massagens, e muita calma.

Domingo, antes da corrida, pedalei 12,4 Km, acompanhando Milton. Tiramos vários fotos, mas, não sei por quê, a máquina não as gravou. Eita dominguinho, tudo errado . . .


Falando em foto, “o tempo é máquina de fazer monstro”. Destaco a máxima há muito tempo. Alguns não gostam. Acham-me radical. Contra evidências não existem argumentos, entretanto.

Tiro por mim. Não fico constrangido em dizer que quando comparo as fotos de minha formatura em engenharia, em 1983, ou em Direito, em 1999 (cito as datas por considerá-las marcos fundamentais para mim) com as fotos de hoje, fico embasbacado. Fazer o quê?
E não me venham com paliativos. Já viram um implante de cabelo? Parece uma touceira de capim. E as plásticas? São terríveis! A pessoa se transforma, vira outra. Recentemente, vi a malhada Solange Frazão (acho que é assim que se escreve) numa revista, só a reconheci porque escreveram o seu nome . . .

Não quer dizer que alguns não fujam à regra. Faz pouco tempo, recebi e-mail com fotos de um concurso de miss para mulheres com mais de 45 anos. Não gosto de publicar fotos de terceiros nesse blog, mas não resisti à tentação de mostrar essas “anomalias” da raça humana.






terça-feira, 28 de julho de 2009

Fisioterapia

Cedi à fisioterapia. Não adianta insistir: ou se dá um tempo, faz fisioterapia e fortalece o músculo lesionado ou se submete a correr com dor por muito tempo. Escolhi a primeira opção. Depois de 4 sessões, e muito descanso, estou praticamente curado. Aplicaram-se as seguintes técnicas curativas:

Ultra-som:

O ultra-som é a aplicação terapêutica de ondas sonoras não audíveis pelo ouvido humano,
geralmente acima de 17.000HZ. Essas ondas promovem uma vibração muito rápida nos tecidos causando um calor profundo. Esse calor aumenta a mobilidade da articulação, analgesia, aumenta o fluxo sanguíneo no local, acelera o processo inflamatório e reduz o espasmo muscular.

O tempo de aplicação é de 5 a 10 minutos, variando de acordo com o tamanho da área lesionada.

É indicado para casos de tendinites, bursites, quadros dolorosos, entorses, lesões musculares e processos inflamatórios.

A aplicação do ultra-som é contra-indicada em: globo ocular, útero grávido, medula espinhal, coração, próteses metálicas e osteoporose.

Ondas Curtas:

É um aquecimento muito profundo. A dosagem é feita através da sensação do paciente de claro agradável na região da aplicação.

O tempo de aplicação pode variar de 15 a 30 minutos. O paciente deve retirar todos os objetos metálicos do corpo, pois eles podem aquecer e queimar o paciente.

É contra-indicado para pacientes portadores de implantes metálicos, dispositivos eletrônicos, marca-passos cardíacos e gestantes.

TENS:

TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea). É uma corrente elétrica que estimula os nervos periféricos através de eletrodos acoplados à pele. Essa técnica já é usada no tratamento da dor desde o final da década de 60.

O Tens estimula o sistema supressor da dor, porém como isso acontece, ainda não foi completamente esclarecido, sabe-se que essa estimulação inibe a transmissão dos impulsos dolorosos, que partem da região lesionada para o cérebro.

O principal objetivo do TENS é o alívio da dor, pois permite que o paciente, sem dor, atue mais ativamente na reabilitação, acelerando o processo. O TENS também pode ser usado para controle e/ou diminuição de edemas.

É contra-indicado em pacientes com marca-passos (se o marca-passo tiver a freqüência fixa
não tem contra-indicação), em gestantes e pacientes que tenham a sensibilidade alterada.

Em 10% dos casos, há agravamento da dor pelo uso do TENS, o fisioterapeuta deve ser avisado, pois basta alterar a freqüência do estímulo.

Como prometi, segue a foto da moto. Parece uma Harley-davidson, não é?

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sobre dor e cópia!

Estou lesionado desde a meia maratona do Recife. Mais uma vez, a bendita panturrilha. Atribuo o incômodo à malhação sem o devido relaxamento posterior. Como se sabe, os músculos da área são pouco irrigados, de modo que é fundamental alongar ou trotar leve logo após a prática esportiva, particularidade que olvidei.

Fazer o quê? Aquentar as conseqüências: dores, dificuldade para andar e o pior, ficar sem treinar. Semana passada, corri apenas na terça-feira. Corri hoje, entretanto. A dor reapareceu.

É muito difícil superar a lesão. Tenho aplicado gelo, feito massagens com calminex e tomado relaxante muscular (mioflex). O tratamento até que tem surtido efeito, o problema é que voltei a correr. Deveria ter esperado mais um pouco, mas não agüentei.

Vou tentar correr menos quilômetros, até ficar totalmente recuperado.

Mudando de assunto, ocorreu-me transcrever Mario Quintana e Monteiro Lobato. Os colegas de engenharia “levantaram a lebre”, e dimanou da discussão textos maravilhosos:

Mario Quintana:

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Monteiro Lobato:

"...a vida, Senhor Visconde, é um pisca - pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.Um rosário de piscadas.
Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"

Percebe-se que se fala da mesma coisa. Monteiro antes de Quintana. Não se pode dizer, efetivamente, que este tenha copiado aquele. A utilização da idéia de um autor por outro todavia não é incomun. Eu mesmo, na minha insignificância de leitor esporádico, já percebi algumas cópias. E olha que feitas por escritores que são ícones da literatura mundial, como é o caso de Machado de Assis (a constatação, diga-se de passagem, foi-me induzida). Basta ler “A vida e as opiniões do cavalheiro Tristam Shandy”, de Laurence Sterne, e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado.

Fato interessante é que a maioria dos escritores nacionais traduziu obras de grandes escritores alienígenas. Machado mesmo traduziu “Trabalhadores do Mar”, de Victor Hugo. Quintana traduziu Marcel Proust. Raquel de Queiroz, Clarice Lispector, Antônio Houais, etc. São muitos. É indiscutível, a atividade de traduzir faz com que haja a incorporação do estilo do autor. Não é por isso que há de negar-se a genialidade de nossos escritores.

Mudando de assunto, novamente, voltei a andar de moto. Motoqueiro antigo, com duas quedas no currículo, decidi fugir do trânsito que de há muito me incomoda. A virago 250 cc estava na garagem havia 5 anos, apenas 2500 Km rodados. Voltei com tudo: comprei protetor de coluna (soube que é de uso obrigatório na Alemanha), blusão e protetor de pescoço. Uma beleza. Foto no próximo post.

Em tempo: "Levantar a lebre."

Metáfora de caça que significa descobrir algo que não é de conhecimento geral. Aparece em diversos outros provérbios, como: "A lebre é de quem levanta e o coelho de quem o mata" ou "Levantas a lebre, para que outrem medre (seja favorecido)".



quinta-feira, 16 de julho de 2009

No mato sem cachorro!

ESTAR NO MATO SEM CACHORRO

A caçada não é uma atividade exclusivamente humana, porque vários animais a praticam para garantir sua alimentação. O homem pré-histórico também a exerceu, e ainda hoje alguns povos primitivos continuam vivendo dela. O primeiro caçador de que se tem notícia foi Nemrod, que na expressão bíblica era robusto caçador diante de Deus e poderoso na terra, e é bem provável que caçasse o leão e outros animais com a lança, assim como os assírios faziam nos tempos primitivos. Os homens desse povo lendário também caçavam com arco e flecha, empregando cães e leopardos amestrados, e o faziam a pé, a cavalo ou em carros de duas rodas. Já os egípcios eram mais organizados e tinham esquematizado um sistema de caça onde empregavam cães e leões amestrados na busca e perseguição das presas, sendo as de maior tamanho mortas a flechadas pelo caçador que as seguia de carro.

Na Grécia e na Roma antiga a caçada desfrutou de grande prestígio, tanto que lhe atribuíam origem divina: as divindades Diana e Apolo se dedicaram a ela com afinco, da mesma forma como Hércules, Teseu, Meleagro e os demais heróis míticos, também foram grandes caçadores. Na Idade Média, os príncipes e nobres praticavam com grande entusiasmo o que consideravam como esporte de matar animais, usando nesse divertimento grande número de servos, batedores e cães. Mas por vontade dos soberanos ela era vetada aos religiosos, e em retribuição os bispos, também senhores feudais, proibiram-na a todos os seus súditos. Nos tempos modernos, a caça deixou de ser privilégio de uma determinada classe, podendo ser exercitada em todo o mundo, embora haja leis que a regulamentem e que visam sobretudo a proteção da fauna.

Como se percebe, o homem sempre teve no cão um companheiro confiável para exercer a atividade da caça, tendo conseguido, inclusive, adestrar algumas raças para a prática dessa tarefa. Como a dos perdigueiros, próprios para a caça a perdizes, mas com aptidão para quase todo tipo de caça; a dos paqueiros, que sabem caçar pacas; a dos veadeiros, treinados na caça aos veados; a dos onceiros, na de onças; e outras mais. Daí que a figura de um caçador desacompanhado do seu cachorro, que é quem localiza a presa buscada pelo dono, não é fácil de se ver, porque nesse caso ele estaria correndo o risco de andar, andar, andar, e não conseguir coisa nenhuma.

A expressão “estar no mato sem cachorro” é uma redundância dessa situação quase nunca vista, e significa que alguém em sérias dificuldades não tem muita chance de escapulir da “fria” em que se meteu.


FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

Murro em ponta de faca!

Um advogado amigo de meu pai ostentava em seu escritório, com destaque, entre diversos diplomas, o que dizia o seguinte: “Diploma de vida. Acostumado a vencer dando murro em ponta de faca”. A máxima causou-me grande impacto, sobretudo porque o protagonista cursara diversas faculdades, inclusive com pós-graduações.

Naquele tempo, não pudia avaliar com clareza o seu real significado. Para mim, a formação superior era pressuposto necessário e suficiente para uma vida estável, em todos os sentidos. Foi com esse pensamento que cursei Engenharia Eletrônica, a mais concorrida, à época.

Enganei-me. As coisas não funcionam assim. Mormente porque a formação superior é dirigida para determinada área específica. De maneira que o mecanicismo incrustado em mim ruiu logo após o término da faculdade.

Foi tanto que me vi “num mato sem cachorro”: o que faria com o diploma? Emprego não havia. A cabeça cheia de integrais e derivadas, que, com licença da palavra, até hoje não serviram pra “porra” nenhuma. Inexperiente que só. Totalmente inseguro. Um nada.

Por puro lance do destino, pelo menos financeiramente, consegui estabilidade. Passei em concurso público. Mas não posso dizer, efetivamente, que isso era o sonho de minha vida. Fazer o quê?

Ao longo desses vinte e três anos de serviço, entretanto, acho que me adaptei a essa nova realidade. Sinto-me, de certa forma, profissionalmente realizado.

Em verdade, acho que nunca dei murro em ponta de faca, mas se fosse eleger o diploma mais importante, a ficar na posição de destaque, seria o de maratonista. É por esse que tenho “trabalhado” nos últimos anos.

Falando em passado, transcrevo excertos da obra monumental de Marcel Proust, “Em busca do tempo perdido – No Caminho de Swann” (esse primeiro volume eu li rsrsrsrs):

A imobilidade das coisas que nos cercam talvez lhes seja imposta por nossa certeza de que essas coisas são elas mesmas e não outras, pela imobilidade de nosso pensamento perante elas.

Fazia muitos anos que, de Combray, tudo que não fosse o teatro e o drama do meu deitar não existia mais para mim, quando num dia de inverno, chegando eu em casa, minha mãe, vendo-me com frio, propôs que tomasse, contra meus hábitos, um pouco de chá. A princípio recusei e, nem sei bem por que, acabei aceitando. Ela mandou buscar um desses biscoitos curtos e rechonchudos chamados madeleines, que parecem ter sido moldados na valva estriada de uma concha de São Tiago. E logo, maquinalmente, acabrunhado pelo dia tristonho e a perspectiva de um dia seguinte igualmente sombrio, levei a boca uma colherada de chá onde deixara amolecer um pedaço de madeleine. Mas no mesmo instante em que esse gole, misturado com os farelos do biscoito, tocou-me o paladar, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadira-me um prazer delicioso, isolado, sem a noção de sua causa. Rapidamente se me tornaram indiferentes as vicissitudes da minha vida, inofensivos os seus desastres, ilusória a sua brevidade, da mesma forma como opera o amor, enchendo-me de uma essência preciosa, ou antes, essa essência não estava em mim, ela era eu.

domingo, 12 de julho de 2009

Meia Maratona do Corre-Recife

O grupo Pegasus, desta vez completo, ou seja, eu, Milton e George, participou hoje da meia maratona do Corre - Recife. Saímos na pipoca, levamos Felipe, entretanto, no apoio. Eu e George começamos a correr do final da estrada do Encanamento, acrescentando 3 Km aos 21.380 do percurso da meia (aferi pelo Garmin).

Ao chegar à Jaqueira, encontrei o Anízio, que conheci dia desses correndo no centro da cidade. Para minha surpresa, ele é marido de Dra. Verônica, minha odontóloga de longa data.

Há alguns dias, visitei o seu "site", achei-o muito bom (coloque a palavra endorfinados no google), muito bem feito. Ele, inclusive, me alertou que não conseguira fazer comentários aos meus "posts". Descobri que existia uma trava no blogger. Quem quiser, e porventura ver esse meu diário, agora pode mandar os comentários.

Voltando à meia, acho que corri bem, malgrado o sol. Terminei-a com 1h49min, passo 5min12s/km.

Vejam as fotos (Mais uma vez, Felipe negligenciou).











sábado, 4 de julho de 2009

Perda de Peso 2!

Perda de peso é assunto recorrente. Lendo o blog do Eduardo Acácio (http://www.porqueeucorro.blogspot.com/), descobri que ele fora obeso. Obeso mesmo, a foto publicada não deixa margem à dúvida. Pois bem, ele conseguiu ficar magro, em pouco tempo, seguindo orientações de um nutricionista, o que aliou a um programa de corrida.

Não me engano, o seu sucesso deu-se à conta da reeducação alimentar: correr não emagrece. Explico. É comum dizer-se que pra se perder 1 Kg de peso tem-se que gastar em torno de 7.000 cal. Malgrado não ser adepto das teorias mecanicistas, como já disse alhures, adiro, de certa forma, à alegação.

Partindo dessa premissa, portanto, e considerando que, em média, a cada dez quilômetros de corrida gasta-se 1000 cal, chega-se à conclusão de que para perder 1Kg ter-se-ia que correr 70 km, considerando as outras variáveis (relacionadas ao peso) constantes, é claro.

Mas a coisa não funciona assim. Depois de uma corrida, a fome aumenta, e não aumenta apenas logo após, mas sim ao longo de todo o dia. Basta exagerar um pouquinho, e vai pro “beleléu” todo o esforço (não é preciso dizer que a maioria dos alimentos são altamente calóricos). Além disso, o organismo, como se sabe, tem mecanismo de auto regulação: com o passar do programa de corrida, gasta-se menos calorias e absorve-se com mais eficiência os alimentos, como forma de compensação pelo esforço realizado.

Achei muito interessante um artigo que saiu na Revista Runners, do mês de junho de 2009, sobre o assunto. No artigo, o jornalista (especialista) propõe redução na quantidade de calorias e aumento na quilometragem, atacando o problema por dois lados diversos. Vale a pena lê-lo.

Mudando de assunto, o grupo Pegasus acolheu em seus braços, mais uma vez, o companheiro Milton, que andava por outras estâncias. Voltou que voltou. Sábado passado, nos acompanhou no longão de 25 Km, percorrendo 10. Infelizmente, não se fez registro fotográfico. Prá semana, na meia maratona do Corre (Corredores do Recife), far-se-á, com certeza (houve reclamações de que é um saco ficar vendo fotografias de três marmanjos rsrsrsrsrsrs).

E nesses tempos insanos, vale transcrever Graciliano em “Angústia”:

__ Para casa, Marina, bradava d. Adélia. Acabe com isso. Você gasta o sabão todo.
Marina dava um muxoxo, e o movimento das mãos friccionando a pele macia continuava.
__ Baixe o fogo, Marina. Venha para casa.

A espuma entrando nos sovacos e nas virilhas fazia um gluglu que me excitava extraordinariamente. Parecia que Marina queria esfolar-se. Imaginava-a em carne viva, toda vermelha. Imaginava-a branquinha, coberta de uma pasta de sabão que se rachava, os cabelos alvos, como uma velha. Essas duas imagens me davam muito prazer. Queria que aparecesse a Julião Tavares assim encarnada e pingando sangue, ou encarquilhada e decrépita, os pelos do ventre como um capulho de algodão. A torneira se abria. Lá estava Marina outra vez nova e fresca, enchendo a boca e atirando bochechos nas paredes, resfolegando, sapecando frases desconexas.

Amanhã, corro 25 Km. A pisada agora é essa: 14 Km na terça, 15 na quinta e 25 no domingo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lavadeiras de Alagoas!

E graciliano Ramos, em entrevista concedida em 1948, professa:

Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.

Quem não tem o que falar ...

Quando não há o que falar. . . é “mió calar”. Em caminho de paca tatu caminha dentro? Não! Tatu caminha atrás. Sempre tive curiosidade de saber o perfil de quem acaba uma maratona abaixo de 3:00 hs. Pois bem, matei a minha curiosidade. Fui no site da webrun e coloquei os nomes dos atletas que acabaram a maratona de São Paulo nesse tempo.

Em essência, todos magros. Não obstante a indução não se constituir método seguro, é evidente que gordura não combina com velocidade, tampouco com saúde. Difícil é encontrar velho gordo, mais difícil que enterro de anão, ou ladrão de óculos.

Falar em velhice, não digo que vou ficar velho. Se ficar, pretendo que seja com saúde, o que passa, necessariamente, por uma boa dose de exercícios físicos e alimentação regrada. Se morrer jovem, pelo menos não quero ser afligido pelo mal de Ivan Ilitch, motivo por que tento desviar-me, com todas as forças, das futilidades que a vida em sociedade nos impõe.

E José Américo sapeca no intróito de “A Bagaceira”:

Antes que me falem:

Há muitas formas de dizer a verdade. Talvez a mais persuasiva seja a que tem a aparência de mentira.

Há miséria maior do que morrer de fome no deserto: é não ter o que comer na terra de Canaã.

Corri a última “corrida das pontes”, aqui no Recife. Terminei-a em 50m e 38 seg. Seguem o gráfico do garmin e mapa do percurso.


sábado, 6 de junho de 2009

Volta aos treinos.

Depois da Maratona de São Paulo, voltamos aos treinos. Corremos 15,5 Km, em Brennand. Seguem o gráfico do garmim e foto do percurso (sportrack).


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Barreira dos 32 Km

Depois da quebra na Maratona de São Paulo (4:14hs), comecei a investigar os motivos. Descobri uma reportagem bem interessante sobre a barreira dos 32 Km:

Pergunte ao Treinador: A barreira dos 32 km
POR MARCELO AUGUSTI
Quero primeiramente parabenizar a todos pelo excelente conteúdo da revista, seja informativo, técnico, lazer etc. Sou assinante desde dez/05, quando iniciei um projeto audacioso: "correr uma maratona", incentivado pelo amigo José Scopim, também maratonista e assinante. Tenho por base as planilhas do Ayrton Ferreira (faço adequações conforme minha disponibilidade).
Minha primeira prova, em 2006, foi a 6ª Corrida da Graciosa (2h04) correndo do início ao fim, e a segunda a Maratona de Curitiba (3h59). Este ano fiz a Meia de Castro (1h47), Maratona de Porto Alegre (3h34), Meia de Foz do Iguaçu (1h47), 7ª Corrida da Graciosa (1h56), Maratona de Foz do Iguaçu (3h43) e Maratona de Florianópolis (3h37).
Nesta última corri bem até o km 31, que passei em 2h27, porém depois o ritmo caiu sensivelmente. Gostaria de orientação, no sentido de identificar o que está faltando (tipo de treinamento) para manter a média obtida até o km 31.
Atualmente faço academia segunda e sexta-feira, na terça, quarta e quinta corro 15 km, descanso no sábado, e no domingo faço longos (de acordo com o calendário de provas).
Newton Seifert, Ponta Grossa, PR
Você pode ter sido mais uma vítima da famosa e temida "barreira dos 32 km" que persegue os maratonistas! Durante a corrida de longa duração, os estoques de carboidratos (glicogênio muscular) vão se reduzindo conforme seja a intensidade do esforço. Isto quer dizer que, quanto mais velocidade você emprega em seu ritmo de corrida (maior intensidade de esforço), mais rapidamente essas reservas de energia vão sendo consumidas.
É provável que você tenha iniciado a prova em um ritmo acima de suas possibilidades reais (maior intensidade) para concluir o percurso no tempo proposto. É comum ocorrer isso com os maratonistas, pois a sensação ao iniciar a prova é "estou muito bem", porém, esquecem de que essa dívida será cobrada no final. Gastou, tem que pagar! É a lei da maratona!
Para solucionar essa questão, temos duas situações: 1) redução do volume de treinamento na semana da prova (fazer apenas trotes regenerativos), ao mesmo tempo em que se eleva o consumo de carboidratos (principalmente nos últimos três dias que antecedem o evento); 2) verificar, por meios de testes específicos, qual o ritmo ideal a ser utilizado durante a prova.
Um teste simples é percorrer 15 km no menor tempo possível. Geralmente, os corredores conseguem completar a maratona em um ritmo equivalente a 85% do alcançado nos 15 km. Esse teste pode ser feito duas semanas antes da prova. Ao estabelecer o ritmo de prova, não queira sair mais rápido do que convém. A paciência é a melhor aliada do bom maratonista! Como se diz: maratona é 32 km de espera e 10 km de corrida!
Quer saber em que tempo vai terminar uma maratona?
Faça o teste dos 15 km, duas semanas antes! Para saber em que ritmo você está em condições de correr uma maratona e, dessa forma, ter (quase) certeza de que irá terminar bem, basta realizar o seguinte teste:
Corra 15 km (aferidos ou razoavelmente medidos) no melhor ritmo que você puder. O resultado desse teste servirá de base para calcular seu ritmo ideal para fazer a maratona e que será 15% mais lento do que o conseguido nos 15 km, ou equivalente a 85% do teste.
Isto é o que se constata na prática de corredores amadores, ou seja, ele percorrem os 42 km em uma intensidade correspondente a 85% do ritmo médio na distância de 15 km, que pode ser traduzido para um ritmo confortável/moderado. Já os atletas de elite chegam a fazer maratonas em ritmo médio por vezes de 95% ou mais do que em competições de 15 km.
Vamos então às contas:
Pegue o tempo final (em minutos) e divida pela quilometragem. Você terá o ritmo (min/km), que pode ser modificado para segundos. Obs.: no campo ferramentas do "novo" site da revista este cálculo é automático.
Depois, multiplique esse dado final por 100 e divida por 85 que você chegará ao ritmo que deve procurar fazer na maratona. Vamos a dois exemplos para ilustrar o procedimento.
Tempo nos 15 km: 1h00 = 60 min (/15) = 4:00 min/km = 240 seg/km
Ritmo na maratona: 240 x 100 / 85 = 282 ou 4:42/km
Obs.: divida 282 por 60 para achar os minutos e o que sobra são os segundos do ritmo
No ritmo de 4:42, a maratona seria completada em torno de 3h18
Tempo nos 15 km: 1h12 = 72 min (/15) = 4:48/km = 288 seg/km
Ritmo na maratona: 288 x 100 / 85 = 338 ou 5:37/km
Obs.: 338 dividido por 60 dá 5 (minutos) e sobram 37 (segundos)
No ritmo de 5:37, a maratona seria completada em torno de 3h57.
Fizemos para você uma ferramenta que calcula automaticamente o ritmo que se deve correr a maratona tendo como base o teste dos 15 km. Confira em www.revistacontrarelogio.com.br/ferramentas.pl
O ritmo para maratona encontrado no teste deve ser encarado com ressalva, uma vez que a atuação do corredor no dia da prova vai depender também da temperatura e umidade, dos ventos, da altimetria do percurso, do abastecimento e de como o corredor estiver se sentindo (animado ou cansado, pela viagem ou outra razão).
Ou seja, não é inteligente se entrar em uma maratona com um determinado ritmo na cabeça e considerá-lo como algo rígido. Se tudo estiver favorável, notadamente o clima, pode ser o caso de se correr até um pouco mais rápido do que se previa, e o contrário também vale. E ao não se conseguir fazer o ritmo previsto, nada de forçar, porque com certeza vai se "quebrar" mais para a frente. Portanto, o tempo final na maratona será resultado do treinamento realizado + toda a situação no dia da prova.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Maratona de São Paulo

Chegamos em São Paulo na sexta-feira, pela manhã. Ficamos no Hotel Normandie, esquina da Ipiranga com a Santa Ifigênia. Pegamos o kit no Ibirapuera. O sábado só foi para passear (25 de março ! ! !).

Descansamos bastante. Tudo em perfeita harmonia. O objetivo era acabar abaixo de 4h. Domingo de manhã, partimos para a avenida Jornalista Roberto Marinho. Antes das nove horas, a corrida. Iniciamos num ritmo confortável. Corremos até o trigésimo segundo quilômetro num passo, em média, de 5:30 min/km. Nesse ritmo concluiríamos a prova em 3:50hs. Era esse o objetivo naquele momento. Não conseguimos. No Km 35, quebramos. Literalmente quebramos. Mesmo assim, concluímos em 4:14hs.

Atribuo o insucesso (relativo) à pouca quilometragem rodada nos treinos. É cediço, para correr bem uma maratona tem-se que rodar, no mínimo, 70 km por semana. A nossa quilometragem semanal não passava dos 50 km.

Por mais incrível que possa parecer, não encontrei fotos nossas na webrun. De modo que, até o momento, não tenho fotos da corrida. Para não passar em branco, publico fotos da entrega dos kits, no Ibirapuera, e em frente ao Avião da GOL, no Aeroporto do Recife (não tinha finger).







sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gráficos!

Seguem os gráficos dos treinos de ontem e de terça-feira. Ontem, eu e George corremos debaixo do maior toró. O tênis inchou. Ficou uns 500g mais pesado. Falar em tênis, acho que vou correr a maratona de São Paulo com um inspire, da mizuno. O tênis é leve e tem bom amortecimento. Não tenho certeza entretanto se ele vai manter essas características por 42 KM. Pelo site da Procorrer, ele é específico para 10Km. Não sei por que concluíram isso.


Segredo da Felicidade



Um médico estava fazendo sua caminhada matinal quando viu uma velhinha sentada no degrau de sua varanda fumando um cigarro. Curioso, ele foi até ela e perguntou:
"Não pude deixar de notar como a senhora parece feliz! Qual o seu segredo?"
"Eu fumo 10 cigarros por dia", ela respondeu. "Antes de ir pra cama eu fumo um grande baseado. Fora isso, eu bebo uma garrafa de Jack Daniels toda semana e só como besteiras. Nos finais de semana, tomo pílulas, faço sexo e nao faço nenhum exercício fisico".
O médico espantando: "Isso é extraordinário! Quantos anos a senhora tem?"
"Trinta e quatro" ela respondeu

terça-feira, 19 de maio de 2009

Papo sobre corrida e blogueiros

A maratona de São Paulo está chegando. Semana passada, corri 13,5 Km na terça-feira, 15 Km na quinta e 21 Km no sábado. O ritmo diminuiu entretanto. Tenho um livrinho, em Inglês, “Daniels’ running formula”, onde se demonstra que a ocorrência de lesões relaciona-se de forma exponencial com a velocidade, ou seja, para baixas velocidades a probabilidade de ocorrer lesão é muito pequena; ao revés, para velocidades altas a probabilidade cresce assustadoramente (f(x)= e^x).

Esse papo tem a ver com a diminuição do ritmo. Não quero lesionar-me nesses próximos dias. Se bem que, nesses últimos anos, não tive nenhuma lesão séria. Aliás, de fato, nunca tive uma lesão séria, não obstante correr há bastante tempo. Acho que nunca ultrapassei os meus limites . . . o segredo, a meu ver, está nisso.

Tive grata surpresa ao receber comentários de Jorge Maratonista e de Eduardo Acácios sobre o blog. Faz tempo que acompanho o blog do Jorge. O cara é um agregador. Acho que todo blogueiro de corrida que se preza acompanha o seu blog.

Quanto ao Eduardo, identifiquei-me muito com o seu perfil, malgrado ser 10 anos mais velho. Gostei muito do seu blog. Pareceu-me muito bem estruturado e com postagens bem interessantes.

Pretendo correr ainda, antes da maratona de São Paulo, 15 Km na próxima quinta, 21 km no sábado e 10 Km na quarta-feira da próxima semana. Diminuirei a carga também na musculação. Espero fazer um tempo melhor do que fiz na maratona do Rio, ou seja, 4h21m.

No Rio, errei na estratégia. Comecei correndo a 5.30 min por km. Corri basicamente 25 km nesse ritmo. Quando peguei a ladeira de São Conrado (antes do Leblon), quebrei literalmente. Fiz o resto do percurso na “pura raça”.

Quero começar a de São Paulo em ritmo de tartaruga: de 6 a 6,5 mim por Km. Só vou aumentar o ritmo após uns 6 km ou mais. Baixar mesmo só nos 12 kms finais, se tiver gás . . . é claro.

domingo, 3 de maio de 2009

Centro do Recife

Tenho andado meio distante do blog. É tanta coisa . . . Mas continuo correndo. Hoje corri 28 km (pela bicicleta de Felipe, nosso apoio, 30Km). Tempo: 2: 37 hs. George também correu.
Corremos pelo Recife. Aliás, nossos últimos longões foram pelo centro da cidade. Estamos treinando no asfalto visando à maratona de São Paulo, próximo dia 31. As passagens e o Hotel já foram pagos . . .
Acho que não correremos uma distância maior do que a de hoje, antes da maratona de São Paulo. Agora é só “polir”, não há mais o que fazer.
Seguem as fotos do Percurso e dos “atletas”. Felipe, dessa vez, não foi muito feliz na escolha das paisagens . . .

Pra não perder o hábito, transcrevo algumas passagens de um livrinho que estou lendo: “A conquista da Felicidade”, de Bertrand Russel:

O sábio só pensa em seus problemas quando existe algum sentido em fazê-lo; no restante do tempo pensa em outras coisas e, à noite, na cama, em nada pensa.

É espantoso o quanto homens e mulheres podem aumentar a felicidade e a eficiência cultivando uma mente ordenada, que pense de maneira adequada nas horas certas e não inadequadamente a todo momento. Quando temos que tomar uma decisão difícil ou preocupante, de posse de todos os dados disponíveis, devemos pensar na questão da melhor maneira possível para resolvê-la e tomar decisão. Feito isso, não temos que voltar ao assunto, a menos que surja um dado novo. Nada é mais tão extenuante e estéril que a indecisão.

O que fazemos não é assim tão importante quanto julgamos.

Na vida moderna, o tipo de fadiga que importa é sempre emocional; a fadiga puramente intelectual e a fadiga puramente muscular resolvem-se com o sono.