sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lavadeiras de Alagoas!

E graciliano Ramos, em entrevista concedida em 1948, professa:

Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.

Quem não tem o que falar ...

Quando não há o que falar. . . é “mió calar”. Em caminho de paca tatu caminha dentro? Não! Tatu caminha atrás. Sempre tive curiosidade de saber o perfil de quem acaba uma maratona abaixo de 3:00 hs. Pois bem, matei a minha curiosidade. Fui no site da webrun e coloquei os nomes dos atletas que acabaram a maratona de São Paulo nesse tempo.

Em essência, todos magros. Não obstante a indução não se constituir método seguro, é evidente que gordura não combina com velocidade, tampouco com saúde. Difícil é encontrar velho gordo, mais difícil que enterro de anão, ou ladrão de óculos.

Falar em velhice, não digo que vou ficar velho. Se ficar, pretendo que seja com saúde, o que passa, necessariamente, por uma boa dose de exercícios físicos e alimentação regrada. Se morrer jovem, pelo menos não quero ser afligido pelo mal de Ivan Ilitch, motivo por que tento desviar-me, com todas as forças, das futilidades que a vida em sociedade nos impõe.

E José Américo sapeca no intróito de “A Bagaceira”:

Antes que me falem:

Há muitas formas de dizer a verdade. Talvez a mais persuasiva seja a que tem a aparência de mentira.

Há miséria maior do que morrer de fome no deserto: é não ter o que comer na terra de Canaã.

Corri a última “corrida das pontes”, aqui no Recife. Terminei-a em 50m e 38 seg. Seguem o gráfico do garmin e mapa do percurso.


sábado, 6 de junho de 2009

Volta aos treinos.

Depois da Maratona de São Paulo, voltamos aos treinos. Corremos 15,5 Km, em Brennand. Seguem o gráfico do garmim e foto do percurso (sportrack).


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Barreira dos 32 Km

Depois da quebra na Maratona de São Paulo (4:14hs), comecei a investigar os motivos. Descobri uma reportagem bem interessante sobre a barreira dos 32 Km:

Pergunte ao Treinador: A barreira dos 32 km
POR MARCELO AUGUSTI
Quero primeiramente parabenizar a todos pelo excelente conteúdo da revista, seja informativo, técnico, lazer etc. Sou assinante desde dez/05, quando iniciei um projeto audacioso: "correr uma maratona", incentivado pelo amigo José Scopim, também maratonista e assinante. Tenho por base as planilhas do Ayrton Ferreira (faço adequações conforme minha disponibilidade).
Minha primeira prova, em 2006, foi a 6ª Corrida da Graciosa (2h04) correndo do início ao fim, e a segunda a Maratona de Curitiba (3h59). Este ano fiz a Meia de Castro (1h47), Maratona de Porto Alegre (3h34), Meia de Foz do Iguaçu (1h47), 7ª Corrida da Graciosa (1h56), Maratona de Foz do Iguaçu (3h43) e Maratona de Florianópolis (3h37).
Nesta última corri bem até o km 31, que passei em 2h27, porém depois o ritmo caiu sensivelmente. Gostaria de orientação, no sentido de identificar o que está faltando (tipo de treinamento) para manter a média obtida até o km 31.
Atualmente faço academia segunda e sexta-feira, na terça, quarta e quinta corro 15 km, descanso no sábado, e no domingo faço longos (de acordo com o calendário de provas).
Newton Seifert, Ponta Grossa, PR
Você pode ter sido mais uma vítima da famosa e temida "barreira dos 32 km" que persegue os maratonistas! Durante a corrida de longa duração, os estoques de carboidratos (glicogênio muscular) vão se reduzindo conforme seja a intensidade do esforço. Isto quer dizer que, quanto mais velocidade você emprega em seu ritmo de corrida (maior intensidade de esforço), mais rapidamente essas reservas de energia vão sendo consumidas.
É provável que você tenha iniciado a prova em um ritmo acima de suas possibilidades reais (maior intensidade) para concluir o percurso no tempo proposto. É comum ocorrer isso com os maratonistas, pois a sensação ao iniciar a prova é "estou muito bem", porém, esquecem de que essa dívida será cobrada no final. Gastou, tem que pagar! É a lei da maratona!
Para solucionar essa questão, temos duas situações: 1) redução do volume de treinamento na semana da prova (fazer apenas trotes regenerativos), ao mesmo tempo em que se eleva o consumo de carboidratos (principalmente nos últimos três dias que antecedem o evento); 2) verificar, por meios de testes específicos, qual o ritmo ideal a ser utilizado durante a prova.
Um teste simples é percorrer 15 km no menor tempo possível. Geralmente, os corredores conseguem completar a maratona em um ritmo equivalente a 85% do alcançado nos 15 km. Esse teste pode ser feito duas semanas antes da prova. Ao estabelecer o ritmo de prova, não queira sair mais rápido do que convém. A paciência é a melhor aliada do bom maratonista! Como se diz: maratona é 32 km de espera e 10 km de corrida!
Quer saber em que tempo vai terminar uma maratona?
Faça o teste dos 15 km, duas semanas antes! Para saber em que ritmo você está em condições de correr uma maratona e, dessa forma, ter (quase) certeza de que irá terminar bem, basta realizar o seguinte teste:
Corra 15 km (aferidos ou razoavelmente medidos) no melhor ritmo que você puder. O resultado desse teste servirá de base para calcular seu ritmo ideal para fazer a maratona e que será 15% mais lento do que o conseguido nos 15 km, ou equivalente a 85% do teste.
Isto é o que se constata na prática de corredores amadores, ou seja, ele percorrem os 42 km em uma intensidade correspondente a 85% do ritmo médio na distância de 15 km, que pode ser traduzido para um ritmo confortável/moderado. Já os atletas de elite chegam a fazer maratonas em ritmo médio por vezes de 95% ou mais do que em competições de 15 km.
Vamos então às contas:
Pegue o tempo final (em minutos) e divida pela quilometragem. Você terá o ritmo (min/km), que pode ser modificado para segundos. Obs.: no campo ferramentas do "novo" site da revista este cálculo é automático.
Depois, multiplique esse dado final por 100 e divida por 85 que você chegará ao ritmo que deve procurar fazer na maratona. Vamos a dois exemplos para ilustrar o procedimento.
Tempo nos 15 km: 1h00 = 60 min (/15) = 4:00 min/km = 240 seg/km
Ritmo na maratona: 240 x 100 / 85 = 282 ou 4:42/km
Obs.: divida 282 por 60 para achar os minutos e o que sobra são os segundos do ritmo
No ritmo de 4:42, a maratona seria completada em torno de 3h18
Tempo nos 15 km: 1h12 = 72 min (/15) = 4:48/km = 288 seg/km
Ritmo na maratona: 288 x 100 / 85 = 338 ou 5:37/km
Obs.: 338 dividido por 60 dá 5 (minutos) e sobram 37 (segundos)
No ritmo de 5:37, a maratona seria completada em torno de 3h57.
Fizemos para você uma ferramenta que calcula automaticamente o ritmo que se deve correr a maratona tendo como base o teste dos 15 km. Confira em www.revistacontrarelogio.com.br/ferramentas.pl
O ritmo para maratona encontrado no teste deve ser encarado com ressalva, uma vez que a atuação do corredor no dia da prova vai depender também da temperatura e umidade, dos ventos, da altimetria do percurso, do abastecimento e de como o corredor estiver se sentindo (animado ou cansado, pela viagem ou outra razão).
Ou seja, não é inteligente se entrar em uma maratona com um determinado ritmo na cabeça e considerá-lo como algo rígido. Se tudo estiver favorável, notadamente o clima, pode ser o caso de se correr até um pouco mais rápido do que se previa, e o contrário também vale. E ao não se conseguir fazer o ritmo previsto, nada de forçar, porque com certeza vai se "quebrar" mais para a frente. Portanto, o tempo final na maratona será resultado do treinamento realizado + toda a situação no dia da prova.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Maratona de São Paulo

Chegamos em São Paulo na sexta-feira, pela manhã. Ficamos no Hotel Normandie, esquina da Ipiranga com a Santa Ifigênia. Pegamos o kit no Ibirapuera. O sábado só foi para passear (25 de março ! ! !).

Descansamos bastante. Tudo em perfeita harmonia. O objetivo era acabar abaixo de 4h. Domingo de manhã, partimos para a avenida Jornalista Roberto Marinho. Antes das nove horas, a corrida. Iniciamos num ritmo confortável. Corremos até o trigésimo segundo quilômetro num passo, em média, de 5:30 min/km. Nesse ritmo concluiríamos a prova em 3:50hs. Era esse o objetivo naquele momento. Não conseguimos. No Km 35, quebramos. Literalmente quebramos. Mesmo assim, concluímos em 4:14hs.

Atribuo o insucesso (relativo) à pouca quilometragem rodada nos treinos. É cediço, para correr bem uma maratona tem-se que rodar, no mínimo, 70 km por semana. A nossa quilometragem semanal não passava dos 50 km.

Por mais incrível que possa parecer, não encontrei fotos nossas na webrun. De modo que, até o momento, não tenho fotos da corrida. Para não passar em branco, publico fotos da entrega dos kits, no Ibirapuera, e em frente ao Avião da GOL, no Aeroporto do Recife (não tinha finger).