Matuto tem a gota pra
dar nome de santo aos filhos. Consulta até folhinha. Dia de São Expedito, e a
coitada ganha uma Expedita. São Raimundo, e a Raimundinha é a graça do colégio.
Às vezes, Benta, Ambrósia, Adeodata, Teodora etc.
Quando não é isso, é
a junção de nomes: Pedro e Onilda, Petronilda; João e Ana, Joana (esse até que cola);
Honório e Esmeraldina, Honorina; e assim
vai.
Contam que Valdomiro,
casado com Regina, não podendo comparecer ao batizado da filha, recomendou ao padrinho:
o nome da menina, compadre, é Valgina. Valgina! ouviu? Não esqueça o “L”.
Devido a carraspana, que
sói acontecer em batizados, o nome da afilhada esfumaçou na cabeça do compadre
que entretanto não olvidou o lembrete: não esqueça o “L”.
Na Igreja, o padre
indulgente: qual o nome da menina? E o
nome não vinha. E o vigário insistia: mas qual a graça da pagã? Num esforço
hercúleo, cuspiu-se: BUCLETA.
Com a leitura
dinâmica acontece a mesma coisa.
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