domingo, 30 de abril de 2017

Amor romântico

O amor romântico não é tão antigo como se imagina. Teve início praticamente em meados do século XVII. Antes, as pessoas não se casavam pelo sentimento. O casamento era coisa muito séria! Nasceu cheio de sonhos e de fantasia. O amor de Pierrot e Colombina, o amor de Romeu e Julieta, o amor de Tristão e Isolda, todos rígidos e marcados por impossibilidades. Atingiu o máximo de exultação no final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Basta ver as canções, as poesias, tudo enfim. Atualmente, parece-me, ele ainda reina. As declarações em seu louvor, as formas de dizê-lo, todavia, mudaram bastante. Essa semana, vi post em que uma moça tem a seguinte frase tatuada no braço: Você é meu fechamento . . . Mozão! É furada decerto. Outras do mesmo quilate: você é a bateria do meu celular, a salsicha do meu cachorro quente, a comporta de minha barragem, o rivotril da minha insônia etc. Lembrei-me do noivo que foi alertado de que sua noiva era furada. Na bucha, revidou: ôxente, e quero mulher pra casar ou pra carregar água? Dia desses, questionaram-me que eu tinha barriga. Fiquei bastante contente com isso; se não tivesse, seria defeituoso. Não sei o motivo de tanta “neura” para diminuir a saliência de parte tão importante do corpo humano, sobretudo por parte das mulheres. Vivem fazendo regime, malhando, crioterapia, lipoaspiração, o diabo! Que importa ter uma barriga chapada se muita vez sequer se atinge o orgasmo!?

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