Perda de peso é assunto recorrente. Lendo o blog do Eduardo Acácio (http://www.porqueeucorro.blogspot.com/), descobri que ele fora obeso. Obeso mesmo, a foto publicada não deixa margem à dúvida. Pois bem, ele conseguiu ficar magro, em pouco tempo, seguindo orientações de um nutricionista, o que aliou a um programa de corrida.
Não me engano, o seu sucesso deu-se à conta da reeducação alimentar: correr não emagrece. Explico. É comum dizer-se que pra se perder 1 Kg de peso tem-se que gastar em torno de 7.000 cal. Malgrado não ser adepto das teorias mecanicistas, como já disse alhures, adiro, de certa forma, à alegação.
Partindo dessa premissa, portanto, e considerando que, em média, a cada dez quilômetros de corrida gasta-se 1000 cal, chega-se à conclusão de que para perder 1Kg ter-se-ia que correr 70 km, considerando as outras variáveis (relacionadas ao peso) constantes, é claro.
Mas a coisa não funciona assim. Depois de uma corrida, a fome aumenta, e não aumenta apenas logo após, mas sim ao longo de todo o dia. Basta exagerar um pouquinho, e vai pro “beleléu” todo o esforço (não é preciso dizer que a maioria dos alimentos são altamente calóricos). Além disso, o organismo, como se sabe, tem mecanismo de auto regulação: com o passar do programa de corrida, gasta-se menos calorias e absorve-se com mais eficiência os alimentos, como forma de compensação pelo esforço realizado.
Achei muito interessante um artigo que saiu na Revista Runners, do mês de junho de 2009, sobre o assunto. No artigo, o jornalista (especialista) propõe redução na quantidade de calorias e aumento na quilometragem, atacando o problema por dois lados diversos. Vale a pena lê-lo.
Mudando de assunto, o grupo Pegasus acolheu em seus braços, mais uma vez, o companheiro Milton, que andava por outras estâncias. Voltou que voltou. Sábado passado, nos acompanhou no longão de 25 Km, percorrendo 10. Infelizmente, não se fez registro fotográfico. Prá semana, na meia maratona do Corre (Corredores do Recife), far-se-á, com certeza (houve reclamações de que é um saco ficar vendo fotografias de três marmanjos rsrsrsrsrsrs).
E nesses tempos insanos, vale transcrever Graciliano em “Angústia”:
__ Para casa, Marina, bradava d. Adélia. Acabe com isso. Você gasta o sabão todo.
Marina dava um muxoxo, e o movimento das mãos friccionando a pele macia continuava.
__ Baixe o fogo, Marina. Venha para casa.
A espuma entrando nos sovacos e nas virilhas fazia um gluglu que me excitava extraordinariamente. Parecia que Marina queria esfolar-se. Imaginava-a em carne viva, toda vermelha. Imaginava-a branquinha, coberta de uma pasta de sabão que se rachava, os cabelos alvos, como uma velha. Essas duas imagens me davam muito prazer. Queria que aparecesse a Julião Tavares assim encarnada e pingando sangue, ou encarquilhada e decrépita, os pelos do ventre como um capulho de algodão. A torneira se abria. Lá estava Marina outra vez nova e fresca, enchendo a boca e atirando bochechos nas paredes, resfolegando, sapecando frases desconexas.
Amanhã, corro 25 Km. A pisada agora é essa: 14 Km na terça, 15 na quinta e 25 no domingo.
Não me engano, o seu sucesso deu-se à conta da reeducação alimentar: correr não emagrece. Explico. É comum dizer-se que pra se perder 1 Kg de peso tem-se que gastar em torno de 7.000 cal. Malgrado não ser adepto das teorias mecanicistas, como já disse alhures, adiro, de certa forma, à alegação.
Partindo dessa premissa, portanto, e considerando que, em média, a cada dez quilômetros de corrida gasta-se 1000 cal, chega-se à conclusão de que para perder 1Kg ter-se-ia que correr 70 km, considerando as outras variáveis (relacionadas ao peso) constantes, é claro.
Mas a coisa não funciona assim. Depois de uma corrida, a fome aumenta, e não aumenta apenas logo após, mas sim ao longo de todo o dia. Basta exagerar um pouquinho, e vai pro “beleléu” todo o esforço (não é preciso dizer que a maioria dos alimentos são altamente calóricos). Além disso, o organismo, como se sabe, tem mecanismo de auto regulação: com o passar do programa de corrida, gasta-se menos calorias e absorve-se com mais eficiência os alimentos, como forma de compensação pelo esforço realizado.
Achei muito interessante um artigo que saiu na Revista Runners, do mês de junho de 2009, sobre o assunto. No artigo, o jornalista (especialista) propõe redução na quantidade de calorias e aumento na quilometragem, atacando o problema por dois lados diversos. Vale a pena lê-lo.
Mudando de assunto, o grupo Pegasus acolheu em seus braços, mais uma vez, o companheiro Milton, que andava por outras estâncias. Voltou que voltou. Sábado passado, nos acompanhou no longão de 25 Km, percorrendo 10. Infelizmente, não se fez registro fotográfico. Prá semana, na meia maratona do Corre (Corredores do Recife), far-se-á, com certeza (houve reclamações de que é um saco ficar vendo fotografias de três marmanjos rsrsrsrsrsrs).
E nesses tempos insanos, vale transcrever Graciliano em “Angústia”:
__ Para casa, Marina, bradava d. Adélia. Acabe com isso. Você gasta o sabão todo.
Marina dava um muxoxo, e o movimento das mãos friccionando a pele macia continuava.
__ Baixe o fogo, Marina. Venha para casa.
A espuma entrando nos sovacos e nas virilhas fazia um gluglu que me excitava extraordinariamente. Parecia que Marina queria esfolar-se. Imaginava-a em carne viva, toda vermelha. Imaginava-a branquinha, coberta de uma pasta de sabão que se rachava, os cabelos alvos, como uma velha. Essas duas imagens me davam muito prazer. Queria que aparecesse a Julião Tavares assim encarnada e pingando sangue, ou encarquilhada e decrépita, os pelos do ventre como um capulho de algodão. A torneira se abria. Lá estava Marina outra vez nova e fresca, enchendo a boca e atirando bochechos nas paredes, resfolegando, sapecando frases desconexas.
Amanhã, corro 25 Km. A pisada agora é essa: 14 Km na terça, 15 na quinta e 25 no domingo.
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