sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Sexo meia boca!
Quarta feira passada, levei tombo de bike por conta de ranhura duma boca de lobo na Santo Elias. O impacto foi tão forte que quebrou o aro da roda. Machuquei mão e cotovelo. De fato foram meros arranhões.
Na quinta feira, peguei o Sítio dos Pintos pra ir e vir do trabalho. Na volta, o inferno. Não obstante sentar-me de pronto, no início da Rosa e Silva, vi o bicho começar a encher e a encher e encher. E mais do que encher: transbordar. Senti os espaços serem preenchidos por buchos, braços, pescoços e bocas numa aproximação tediosa de bafejos indesejados. Solavancos de montanha russa; sardinhas enlatadas.
Desci aos trancos e barrancos. Motorista, vou descer (felá da puta; isso ficou só na mente).
Não entendo por que não há controle do número de passageiros nos coletivos. Por que nunca se levantou a questão. Vida de gado, povo marcado, povo feliz, mas nem tanto. É uma miséria trabalhar por oito horas, comer em self service e enfrentar esses ônibus diariamente. É falta de respeito muito grande por quem leva esse país nas costas.
Apesar disso, em casa, pão com manteiga e sexo, pra amenizar. Às vezes, meia boca. Fazer o quê?
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