Pra ser sincero, só falo do que vejo e sinto. O homem é
produto do meio. Malgrado, parafraseando Voltaire (Cândido), “não é preciso
viajar pra saber que o céu é azul”.
Disto não posso fugir. Se moro na divisa de Casa Amarela, ando
de Córrego da Areia e como na padaria da Várzea (comendo pra fazer bosta, como
diz uma amiga), impossível estragar verbo com amenidades.
Vou de chincha mesmo, com sofreguidão, que me é peculiar “ab
ovo”.
Penso até encabular certas palavras. Inefável. Inefável amor.
Paixão. Mas não encontro buraco. Outra. Indelével. Pensamento indelével.
Obstinação. Lembro logo constipação. Dor de barriga. Laxante. Diarréia.
Não digo o velho safado (Bukowski), apesar do tom coloquial,
porque com efeito não chego ao extremo. Mas numa história de amor acho mais relevante
o peido sonoro que se “solta” inadvertidamente.
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