Desempregado, liso, mulher e dois filhos pra
criar. O único bem uma vaquinha amarrada no quintal, comendo monturo e jorrando
leite minguado.
__ Sr. Padre, estou desesperado, queria ajuda . .
.
__ Coloque a vaca dentre de casa.
__ Mas seu padre?!
__ Coloque e volte aqui depois de quinze dias.
O espaço, que já era pequeno, tornou-se
impossível. A vaca mugia, os garotos choravam e a mulher reclamava __a
entonação lembra Selma do Coco:
Eu vi um sapo correndo de lá
A menina que chorou
Quando olhei prá gaiola eu vi
A minha rola que voô
A menina que chorou
Quando olhei prá gaiola eu vi
A minha rola que voô
Oi corre, corre, corre
Pega, pega minha rola
"avôa", "avôa", "avôa"
Pega, pega minha rola
Pega, pega minha rola
"avôa", "avôa", "avôa"
Pega, pega minha rola
Eu não vou na sua casa
Prá você não ir na minha
Que tu tem a boca grande
Vai comer minha galinha
Prá você não ir na minha
Que tu tem a boca grande
Vai comer minha galinha
Mas a fé remove montanhas.
__ E aí meu filho?
__ Um miséria Sr. Padre. Um inferno.
__ Retire a vaca e retorne depois de 15 dias.
Paz. Mansidão e muito cuscuz. O sujeito afofa.
A volta gloriosa.
__ Melhorou a situação meu filho?
__ Depois da retirada de “mimosa”, o céu Sr.
Padre.
Quando os neurotransmissores
insistem em não funcionar direito
converso por meia hora com minha secretária da Brasilit.
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