quinta-feira, 14 de março de 2013

Indigestão mental!

Às vezes, indigestão mental. Processamento difícil. Saúde, amor (ou a falta) trabalho, filha, passado, futuro (não nessa ordem necessariamente). Tudo pra viver o presente. O agora.
O amor de forma específica.
João que amava Tereza que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
que não tinha entrado na história.
O tempo não descansa, nem perdoa. Malgrado, não se pode dizer efetivamente ele exista. O passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma.
Para Lulu Santos, ele escorre pelas mãos.
E para o poeta solitário:
O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Correr. Comer. Descansar. Cagar  (cagar de fato é um dos sintomas de felicidade). E repetir.   
Eita vida besta!



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