sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Crenças

Quanto de nossas crenças baseia-se em evidências? Qual a influência de nossos desejos em nossas crenças? Sinceramente, ante o futebol que o Brasil apresentou nas três primeiras partidas, não havia por que imaginar-se ganharíamos a copa. Mas a vontade era enorme. Sabe-se lá o que é mais de duzentos milhões de corações Brasileiros?

Sobretudo no que diz respeito a sentimentos levados ao extremo, verbi gratia religião, política, futebol , geralmente não se pensa com racionalidade. Vai-se pela emoção. Não se duvide, a quase totalidade dos torcedores tupiniquins ainda acreditava numa reação esplendorosa no segundo tempo do jogo contra a Alemanha.

A falta de racionalidade não opera apenas nessas áreas. Existe coisa mais irracional, ou fantasiosa, do que compromisso de casamento? Conta-se que Leibniz (Gottfried Wilhelm Leibniz), quando estava mais velho, disse a um correspondente que apenas uma vez pedira uma mulher em casamento, quando tinha cinquenta anos. “Felizmente”, acrescentou, “ela pediu um tempo para pensar.” E isso também me deu algum tempo para ponderar, e retirei minha oferta.”

Mas as igrejas permanecem cheias. Não obstante, é fato, o “de hoje em diante, para o melhor e o pior, na riqueza e na pobreza, na doença e na saúde, para amar e honrar, até que a morte separe” sempre se afigurou cláusula “rec sic stantibus”, decerto para corrigir falhas da intuição.

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