domingo, 2 de março de 2014
Máxima
Toda gente se apega a determinada máxima alguma vez. Parece que a maldita foi feita exclusivamente pra você, o tanto que lhe toca. À parte os solecismos mentais próprios do processo de formação, isso acontece decerto à conta da experiência: “Praxis est iudicium veritatis” (A prática é o critério da verdade).
Nos idos de 1970, meu pai consultava um advogado que prometia resolver pendência relativa à licença de funcionamento de sua farmácia. Numa das visitas, lá estava eu. O sujeito era gordo e falante. Bigode tipo suíças. Bonachão. O escritório era grande e tinha um birô recoberto por vidro, "cheinho" de cartões por baixo. Na parede, vários diplomas. Pode ser até que houvesse um de curso de datilografia, muito comum naquela época, quem sabe? Um de forma particular me tocou: “Diploma de vida, acostumado a vencer dando murro em ponta de faca”.
Com efeitos retroativos, depois de 40 anos consegui diplomar-me.
Essa semana me afetou a “Senectus Morbus”. Pois que não é verdade verdadeira! A velhice com efeito é doença, e como tal deve ser tratada. Merecem reparo o corpo e a mente; esta em especial tratamento de choque. Não é pra menos.
Atualmente, adaptar-se a certas coisas “permissa venia” é Phoda com ph. Liga-se a televisão e três veados fazem a festa. Se se diz que não se gosta de “viadagem”, pode-se incorrer em “crime” de homofobia. Ou seja, tem-se que aceitar e aplaudir a putaria de todo jeito. Um professor da Universidade Rural está sendo execrado por não concordar com certos exageros de alguns gays. O besteirol foi manchete em todos os jornais locais. Tanta coisa com que se preocupar, ou melhor, noticiar, e os caras ficam com essa tolice de querer incriminar o professor que, a meu ver, não disse nada demais (pode ser que tenha sido infeliz no uso de algumas palavras).
Outra. Maconha. E eu tenho mais cabeça para aceitar o uso da maconha como se fosse coisa normal. Tico e teco (neurônios) que ainda trabalham pra caralho não vão nessa não. E o Brasil é Uruguai? É não, é muito diferente. Só sei que ao meio dia vejo a desgraceira na televisão. Ontem mesmo filho matou a mãe e a irmã por conta de R$ 350,00, pra comprar maconha. Ressalte-se: maconha. Não foi crack não.
De maneira que não obstante esses pensamentos tortos e desconexos, vou tomando minha dose diária de endorfina, pois que “mens sana in corpore sano”.
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