sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Quente pra Dedéu!
O Recife é quente pra Dedéu. Dedéu foi um homem de pernas muito longas, particularidade que o auxiliava bastante em percursos de longa distância.
Um belo dia, ele resolveu conhecer uma cachoeira situada numa densa floresta. Malgrado ter caminhado durante todo o dia, não a encontrou, o que o levou a concluir ela ficava longe demais: "O lugar era muito longe para o Dédeu".
Se o lugar era longe para o Dédeu que tinha pernas longas, então era longe demais para qualquer pessoa. A expressão foi estendida para qualquer coisa que denote muita quantidade ou intensidade.
Tergiversei de antemão.
Mas que volto à alta temperatura de nossa cidade. Pois bem, vez ou outra encontro em restaurantes, ou mesmo andando pela rua, ao sol do meio dia, simulacros de advogado completamente paramentados com seus paletós listrados, gravatas coloridas e arrogância peculiar. No tempo da casa de Tobias, indagava aos acadêmicos se a vestimenta era imprescindível ao exame de fezes, pois que na sala de aula não fazia o menor sentido. Vá lá que se empertiguem no fórum, mas no mormaço é dose pra elefante.
Ante esse curtíssimo relato de quinta-feira, digo com convicção espartana: Ninguém é tão importante quanto aparenta sê-lo.
Vale acrescentar:
"Os espartanos deixaram uma pegada espiritual indelével. O simples fato de que ainda hoje em dia o adjetivo “espartano” designe qualidades de dureza, severidade, resistência, estoicismo e disciplina, nos dá uma ideia do enorme papel que cumpriu Esparta. Foi muito mais que um simples Estado: foi um arquétipo, foi o máximo expoente da doutrina guerreira. Por trás da fachada perfeita de homens aguerridos e mulheres atléticas se escondia o povo mais religioso, disciplinado e ascético de toda Grécia, que cultivava a sabedoria de um modo discreto e lacônico, longe da euforia e das baixezas urbanas que já então haviam feito sua aparição."
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