domingo, 21 de julho de 2013
O sapato no pedal
O sapato no Pedal. Impacienta-me certos tíquetes nervosos. Bater com caneta em mesa, balançar pernas, piscar olhos em demasia etc. Saio logo de perto, quando possível. Conheci um sujeito que balançava a cabeça constantemente (dava uns “supapos”). Era muito esquisito. A última vez que o vi tava curado. Perguntei-lhe se tinha consultado neurologista, se submetido a tratamento específico e coisa e tal. Ele me respondeu que começou a fumar maconha; um cigarro pela manhã, outro à tarde e mais um à noite, antes de deitar (posologia). Fica a dica.
Com efeito não suporto coisas repetitivas. Aqui, saio do particular e vou pra o geral. Feijão com arroz todos os dias, não obstante a combinação ser muito nutritiva, é dose pra elefante. Imagine sexo durante trinta anos com a mesma pessoa. Há quem diga o importante é se reinventar. Só se houver lavagem cerebral. . .no mínimo.
Mas volto aos tíquetes. Era “mão-de-obra” levar a bike pra UFPE. Desmontar, colocar e tirar do carro, centralizar a roda, ajustar os freios etc. A cada pedalada, um barulhinho: “Quit”. Várias pedaladas: “quit, quit, quit . . .”. Eita coisinha pra me incomodar. Decerto o ranger viria da fricção do freio no aro da roda. E, de fato, quando descia da bike, ajustava o freio e voltava a pedalar o ruído sumia. Porém depois de pouco tempo voltava. Fui deixando prá lá.
Convicção plena, inelutável, da origem do incômodo. Só algum tempo depois descobri que ele derivava da fricção do tênis no pedal, nada tendo a ver com o freio. Nas relações humanas muita vez acontece a mesma coisa . . .
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