segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aprendendo a correr Maratona


Tudo na vida se aprende. Estou aprendendo a correr maratona. Essa foi, sem sombra de dúvidas, a minha melhor maratona (não a mais rápida). Mas vamos ao relato.

Boné, óculos, cinta cardíaca, relógio, celular, meia, protetor de dedo, vaselina, protetor solar, ipod, dinheiro, plástico, polaina, água . . . táxi, sono, cocô, xixi, despertador. E a capa de chuva? Esqueci.

Tempo bom. Táxi às 4:30hs. Aterro do Flamengo. Ônibus rumo ao Recreio dos Bandeirantes às 5:00hs. Motorista, desliga o ar condicionado! O fela da puta não desligou. Frio da porra. Gelo. Chuva. Muita chuva. E agüentei a situação até o pontal do Tim Maia. Pensei em desistir. Não sou pingüim.

Mas se vai na dança é pra dançar. Na chuva, é pra correr.

Tremia mais do que vara verde. Arbustos irrigados constantemente. E a porra da capa de chuva que voou comigo? Esqueci.

Começa a prova. Curtição geral. Paisagens belíssimas. Mulheres malhadas. Shorts apertados. Curvas acentuadas. E o passo na base do compasso. Sem sair da casa dos 6 min por quilômetro.

Mais arbustos. Fotos. Número 2. Dez Km. Vinte. Tudo em ordem. E o passo na casa dos seis minutos por quilômetro, impreterivelmente.

Túnel do Joá. Barra. Ladeira de São Conrado. Olho pra o mestre George e disparo: vamos aumentar o passo. E assim foi que do Leblon até o aterro do Flamengo comeu-se de coco boa leva de corredores. Nem percebi a barreira dos 32 Km.

Cheguei dando pique. Completamente em forma.

Sem surpresas. Com efeito, estou aprendendo a correr maratona.

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