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segunda-feira, 30 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Andar a pé pelo Recife
Não pense que é fácil andar a pé pelas ruas do Recife, pois que não
é. Além da falta de passeios públicos, dos esgotos a céu aberto, da iluminação
precária, da falta de segurança, existe um problema ainda maior: falta de
respeito dos motoristas pelo pedestre.
Vou eu caminhado pela rua do futuro e
deparo-me com uma das inúmeras “calçadas estacionamento”. Desvio pra pista ao
mesmo tempo em que um motorista manobra um automóvel pra sair da calçada. O que
ocorre? Ou corro pro meio da pista ou sou atropelado.
Vou eu passando na faixa de pedestre e o sinal
abre para os automóveis. O que acontece? Corro ou sou atropelado, no mínimo por
uma motocicleta.
Vou eu caminhando em frente a um Shopping ao
mesmo tempo em que um automóvel vai saindo. O que ocorre? Ele toma a dianteira,
inexoravelmente, forçando-me a esperá-lo sair. Dia desses uma gordinha fez isso
comigo em frente a um mini Shopping que fica na Estrada do Encanamento. Nem
olhar pra mim a bochechuda (disse bochechuda) olhou. Tava numa ânsia
desenfreada de sair. Vade retro.
Mas falando em expressão latina, ocorreu-me a
seguinte pra retratar a situação: REM
facias, REM, si possis, rect, si non, quocumque modo REM (Horácio 65-8 a.C)
– “Que a todo custo enriquecer procures, honrada ou torpemente”, na tradução de
Giannetti, nosso filósofo da moda.
Numa alusão a Quentin Tarantino, poder-se-ia
indagar o que tem a ver o cu com as calças. Mas se tudo tá ligado!? É a ânsia
desenfreada do ter a todo custo que faz com que as pessoas ajam assim.
E não venha com essa conversinha de feicibuk
de quem gostar compartilhe, pois que de boas intenções o inferno está cheio. Eu
quero ver é na prática, na chincha. E o que mais se vê com efeito é ostentação.
O sujeito se sente superior até por usar paletó.
Tergiversei, como diz José Teles na sua
cansada coluna do Jornal do Comércio.
Mas é porque tudo se amalgama.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Aprendendo a correr Maratona
Tudo na vida se aprende. Estou
aprendendo a correr maratona. Essa foi, sem sombra de dúvidas, a minha melhor maratona
(não a mais rápida). Mas vamos ao relato.
Boné, óculos, cinta cardíaca,
relógio, celular, meia, protetor de dedo, vaselina, protetor solar, ipod, dinheiro,
plástico, polaina, água . . . táxi, sono, cocô, xixi, despertador. E a capa de
chuva? Esqueci.
Tempo bom. Táxi às 4:30hs. Aterro
do Flamengo. Ônibus rumo ao Recreio dos Bandeirantes às 5:00hs. Motorista,
desliga o ar condicionado! O fela da puta não desligou. Frio da porra. Gelo.
Chuva. Muita chuva. E agüentei a situação até o pontal do Tim Maia. Pensei em desistir. Não sou
pingüim.
Mas se vai na dança é pra dançar.
Na chuva, é pra correr.
Tremia mais do que vara verde.
Arbustos irrigados constantemente. E a porra da capa de chuva que voou comigo?
Esqueci.
Começa a prova. Curtição geral.
Paisagens belíssimas. Mulheres malhadas. Shorts apertados. Curvas acentuadas. E
o passo na base do compasso. Sem sair da casa dos 6 min por quilômetro.
Mais arbustos. Fotos. Número 2.
Dez Km. Vinte. Tudo em ordem.
E o passo na casa dos seis minutos por quilômetro,
impreterivelmente.
Túnel do Joá. Barra. Ladeira de São
Conrado. Olho pra o mestre George e disparo: vamos aumentar o passo. E assim
foi que do Leblon até o aterro do Flamengo comeu-se de coco boa leva de
corredores. Nem percebi a barreira dos 32 Km .
Cheguei dando pique.
Completamente em forma.
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