Estava decidido, iria de ônibus pra o trabalho. Ultrapassei a
Dezessete de agosto e prostrei-me à sombra de uma mangueira, à espera.
Dez minutos, quinze, e nem sinal do Dois Unidos – Rui Barbosa -- nem dele, tampouco de nenhum outro.
Dez minutos, quinze, e nem sinal do Dois Unidos – Rui Barbosa -- nem dele, tampouco de nenhum outro.
Avisto de longe o nome estampado: “EXPRESSO”. Logo abaixo, em letras menores, Dezessete de agosto, Parnamirin, Rua do Futuro . . . É esse! Dei com a mão, o motorista parou uns cem metros adiante, pelo que me fez dar um pique atrás do maldito.
A porta abriu-se. Percebi que o aperto era grande, maior, como se diz, do que “cu de sapo”. Nada que abalasse a minha determinação. Desceram alguns. Na subida, o motorista fechou a porta e “cuspiu”: “EXPRESSO”.
Que porra é essa!? Expresso pra mim é aquele café feito em máquina, forte pra caralho.
Voltei desmilinguido pra parada, sob os olhares desconfiados de algumas senhoras . . .
Passados trinta minutos, cedi, resignei-me, persignei-me e peguei um táxi. Antes do quartel, o trânsito parou, travou, danou-se. Uma hora e sete minutos para um percurso de cinco quilômetros.
Em compensação, voltei a pé.
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