segunda-feira, 30 de abril de 2012
Teste de Convivência.
O Agnaldo, colega da Receita, contava que um professor da UFPE, que não recordo o nome, beirando os 55 anos, contrariando impulso celibatário que o arrebatava desde tenra idade, resolveu casar.
À empreitada, formulou 50 perguntas a serem respondidas pelas pretendentes. Distribuído o formulário a duas irmãs, uma delas atendeu às expectativas do sequioso casamenteiro, pelo que subiram ao altar e foram felizes para sempre . . .
Sempre tive curiosidade em saber o teor das perguntas, malgrado cogitar a vicissitude de elas terem caráter pessoal, não se prestando, por conseguinte, à generalidade.
Se fosse formular uma lista, com certeza incluiria as seguintes perguntas:
- Ronca à noite?
- Toma algum remédio pra controle de ansiedade?
- Tem alguma doença crônica?
- Gosta de animais?
- Gosta de praticar esportes?
- Tem algum projeto pessoal?
- Gosta de sexo? Quanto?
Formularia também testes de múltipla escolha:
1 – Se você estacionar o carro na avenida Boa Viagem e o guardador lhe cobrar cinco reais por isso, o que você faz:
a) dá sem pestanejar;
b) dá apenas dois reais;
c) não dá nada ao filho da puta e questiona que a rua não lhe pertence.
2 – Se você vai à praia e o ambulante lhe oferece cadeiras, o que você faz:
a) aceita sem perguntar quanto custa;
b) aceita, mas antes pergunta quanto custa;
c) não aceita e se senta em cima de uma toalha, previamente escolhida para esse fim.
3- Se você vai a um restaurante e há uma fila enorme, o que você faz:
a) se submete à fila;
b) tenta furar a fila;
c) pega o carro e vai pra outro restaurante.
4- Se um carro dá um pequeno toque na sua traseira às 7:30 hs da manhã de uma segunda feira, na frente do Colégio São Luiz, na Rui Barbosa, o que você faz:
a) liga pra perícia;
b) esculhamba o motorista e vai embora;
c) vai embora sem esculhambar.
5. Se você está sozinha num elevador e, de forma repentina, dá uma vontade enorme de soltar um pum, o que você faz:
a) solta-o de forma espontânea;
b) solta-o de forma disfarçada;
c) se segura.
6. Se você pede um prato num restaurante e a comida não corresponde a sua expectativa, o que você faz:
a) reclama um pouco, mas come mesmo assim;
b) reclama, não come, e exige outro prato;
c) não reclama, manda todo mundo a puta que pariu e vai embora sem pagar porra nenhuma.
7. Se você recebe uma ligação por meio da qual lhe oferecem cartão de crédito da C&A, o que você faz:
a) atende gentilmente, mas não aceita;
b) atende gentilmente e aceita.
c) manda a promotora pra puta que pariu, se foder e tomar no cu.
8. Se você estiver numa fila e um espertalhão de dois metros de altura, malandramente, tomar a sua vez, o que você faz:
a) fica calada e aceita;
b) dá muxoxo, mas aceita;
c) faz o maior barraco e passa na frente do sujeito.
9. Se você participa de uma palestra a trabalho e tem um sono enorme após o almoço, o que você faz:
a) coloca óculos escuros e dorme descaradamente;
b) dá apenas uns cochilos;
c) vai embora.
10. Se você está fazendo amor com o companheiro sem tesão alguma, o que você faz:
a) fica calada e espera ele gozar;
b) dá uns gemidinhos e espera ele gozar;
c) dá gritos enormes e simula um orgasmo.
No momento, só me veio esses.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Engarrafamento
Evito ao máximo engarrafamento. Detesto
ficar parado dentro do carro sem ter o que fazer. Não é minha praia. É tanto
assim, muita vez vou trabalhar a pé ou de moto. Mas o uso do automóvel, às
vezes, é inevitável.
Levo Bia de carro pra escola. É perto,
poderia ir a pé . . . mas não vou. Acho que gosto do vuco-vuco da entrega das
crianças. A rua todavia é estreita, não comporta 4 carros. De maneira que
se houver dois carros estacionados não dá pra passar mais dois no espaço entre
eles. É fato. Já tive alguns entreveros por conta disso.
Tenho carteira de motorista há trinta e dois anos. Acho que à conta de minha altura, e da minha natureza (lembro de uma música de forró que dizia: “eu sou pequenininho ma gosto de tudo grande”), tive diversos carros grandes, como o Opala Diplomata, o Ford Ranger etc.
Teve um tempo que dirigi com certa freqüência por ruas bastante apertadas. As ruas do bairro de São José, por trás da antiga rodoviária do Recife. À conta disso, desenvolvi a habilidade de avaliar com certa precisão a possibilidade de se passar com um automóvel por determinado espaço.
Pois bem, hoje pela manhã formou-se a muvuca: carro estacionado de um lado, carro estacionado de outro e mais carros, pelo meio, tentando passar. A tática é a seguinte: vai-se com tudo pra ver a merda acontecer. E não deu outra: todo mundo parado esperando a boa vontade de um salvador da pátria que sempre pede a um ou outro para dar uma “rezinha” e tal.
Ressabiado por causa de episódios anteriores, fiquei na minha. Liguei a CBN e nem tô aí. Uma loira (até que gostosa) baixou o vidro do carro e sapecou : “Dá pra passar”. Retruquei na bucha: “só se eu contrariar a lei da física que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo". Fechou-se (inclusive o vidro).
Esperei ela se afobar. Tava pronto pra contar a história do caminhoneiro. O sujeito tava tentando estacionar o caminhão sem conseguir. Um gaiato começou a inferná-lo: não vai conseguir, não vai conseguir . . . Até que se ouviu o estouro: “Estaciono esse carro atravessado no cu da tua mãe”.
E ponto final.
domingo, 1 de abril de 2012
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