Preconceito.
Recentemente,
li post no face sobre o roubo de uma bicicleta. Na descrição do meliante,
disse-se que o sujeito era um negro alto, usava bermuda etc. Solicitou-se a
todos que compartilhassem a foto da magrela.
Como
sói acontecer nesses casos, “choveu” comentários. A maioria solidária com a
vítima. Um deles entretanto a criticava por supostamente ter sido racista na
descrição do larápio: “Negro alto?!”
Reli
o post. Tentei entrever algum resíduo de discriminação. Nada. Descrição curta e
grossa. Uma linha.
Não
me contive. Depois de ver o perfil da revoltada __ “branquelinha” de
21 anos __ contrapus que a sua revolta era sem causa. Silenciou-se.
Recentemente,
vi ex-colega da FDR posicionando-se contra o sistema de cotas para negros nas
universidades federais. Veemência impressionante.
Pode
parecer contraditório, mas as atitudes em tudo se assemelham. A questão do
racismo é mote para aparecer-se. Dá status defender a idéia de que a criação de
cotas é atitude racista. É chique dizer-se não racista.
Sociedadezinha hipócrita. Lobos
em pele de cordeiro.
Quanto a mim, sou racista:
prefiro as de cor escura (eufemismo) às branquelas, são mais justas
(literalmente), acoplam.
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