sexta-feira, 23 de março de 2012

Preconceito.

Recentemente, li post no face sobre o roubo de uma bicicleta. Na descrição do meliante, disse-se que o sujeito era um negro alto, usava bermuda etc. Solicitou-se a todos que compartilhassem a foto da magrela.

Como sói acontecer nesses casos, “choveu” comentários. A maioria solidária com a vítima. Um deles entretanto a criticava por supostamente ter sido racista na descrição do larápio: “Negro alto?!”

Reli o post. Tentei entrever algum resíduo de discriminação. Nada. Descrição curta e grossa. Uma linha.

Não me contive. Depois de ver o perfil da revoltada __ “branquelinha” de 21 anos __ contrapus que a sua revolta era sem causa. Silenciou-se.

Recentemente, vi ex-colega da FDR posicionando-se contra o sistema de cotas para negros nas universidades federais. Veemência impressionante.

Pode parecer contraditório, mas as atitudes em tudo se assemelham. A questão do racismo é mote para aparecer-se. Dá status defender a idéia de que a criação de cotas é atitude racista. É chique dizer-se não racista.

Sociedadezinha hipócrita. Lobos em pele de cordeiro.

Quanto a mim, sou racista: prefiro as de cor escura (eufemismo) às branquelas, são mais justas (literalmente), acoplam.

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