Corri 27 Km, sábado passado. Hoje, corri 15 Km. George também correu.
Depois do “longão” do sábado, fui almoçar no Shopping Plaza. Escolhi o Bonaparte. O cardápio foi-me oferecido com desdém. Escolhi pela foto: quero esse aqui, filé “montmartre”. Indagou-se: e os acompanhamentos? O senhor tem direito a três. Quero esse macarrão fininho da foto, batata frita e molho de espinafre.
O senhor quis dizer “fettuccine” ? Não, escolhi o macarraozinho da foto. Estranhou-se.
Brasileiro tem mania de “internacionalizar” os nomes dos pratos e das comidas. É fettuccine, bruschetta (eu disse bruschetta), panettone, strogonoff etc. É chique, acho até que a comida fica mais gostosa!
Logo comigo, acostumado a comer sarapatel com inhame em banco de feira do interior. Não cola.
E a madame puxou a orelha da doméstica porque ela subiu pelo elevador social. É coisa da descendência holandesa, que afeta a maioria do “high society” recifence.
E Graciliano Ramos sapeca em vidas secas: Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo de taquari cheio de sarro. Jogou longe uma cusparada, que passou por cima da janela e foi cair no terreiro. Preparou-se para cuspir novamente. Por uma extravagante associação, relacionou esse ato com a lembrança da cama (. . .) Isto lhe sugeriu duas imagens quase simultâneas, que se confundiram e neutralizaram: panelas e bebedouros. Encostou o fura-bolos à testa, indecisa. Em que estava pensando? Olhou o chão, concentrada, procurando recordar-se, viu os pés chatos, largos, os dedos separados. De repente as duas idéias voltaram: o bebedouro secava, a panela não tinha sido temperada.
Pela mesma associação extravagante de sinhá Vitória, lembrei-me de uma façanha.
Logo após concluir o curso de engenharia, fui trabalhar em Salgueiro-PE. Depois de um cansativo dia de trabalho, fui tomar um “caldo de mocotó” numa barraca de feira. A higiene não era lá essa coisa, mas a fome era enorme.
O caldo fumegante; iniciei a saciação. De repente, um besouro maligno frecherou no prato. Instintivamente, joguei-o longe e continuei a sorvedura. Uma delícia!
Conversa puxa conversa. Lembrei-me de lingüiça. Da piada da lingüiça.
Contam que um bem sucedido fabricante de lingüiça vivia às turras com o filho adolescente. O sujeito não queria nada com a vida.
Certo dia, o empresário teve a idéia de levar o preguiçoso para inteirar-se do funcionamento da fábrica:
__ Filho, tá vendo isso aqui? Tira o couro do animal. E isso aqui? Tira os ossos. Já essa máquina, essa máquina é uma maravilha: pode-se dizer, coloca-se o animal de um lado, do outro sai a salsicha.
O filho abasbacado. O pai empolgou-se: __ vou te confidenciar filho, às vezes a salsicha é de jumento.
O adolescente não se conteve: __ Paié, se se coloca o jumento de uma lado da máquina e sai salsicha do outro, será que se colocarmos a salsicha deste lado sairá jumento pelo outro?
De chofre, cuspiu-se a resposta: __ o único lugar em que coloquei uma salsicha e saiu um jumento foi na tua mãe.
Mudando de assunto, publico os gráficos das corridas.
Depois do “longão” do sábado, fui almoçar no Shopping Plaza. Escolhi o Bonaparte. O cardápio foi-me oferecido com desdém. Escolhi pela foto: quero esse aqui, filé “montmartre”. Indagou-se: e os acompanhamentos? O senhor tem direito a três. Quero esse macarrão fininho da foto, batata frita e molho de espinafre.
O senhor quis dizer “fettuccine” ? Não, escolhi o macarraozinho da foto. Estranhou-se.
Brasileiro tem mania de “internacionalizar” os nomes dos pratos e das comidas. É fettuccine, bruschetta (eu disse bruschetta), panettone, strogonoff etc. É chique, acho até que a comida fica mais gostosa!
Logo comigo, acostumado a comer sarapatel com inhame em banco de feira do interior. Não cola.
E a madame puxou a orelha da doméstica porque ela subiu pelo elevador social. É coisa da descendência holandesa, que afeta a maioria do “high society” recifence.
E Graciliano Ramos sapeca em vidas secas: Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo de taquari cheio de sarro. Jogou longe uma cusparada, que passou por cima da janela e foi cair no terreiro. Preparou-se para cuspir novamente. Por uma extravagante associação, relacionou esse ato com a lembrança da cama (. . .) Isto lhe sugeriu duas imagens quase simultâneas, que se confundiram e neutralizaram: panelas e bebedouros. Encostou o fura-bolos à testa, indecisa. Em que estava pensando? Olhou o chão, concentrada, procurando recordar-se, viu os pés chatos, largos, os dedos separados. De repente as duas idéias voltaram: o bebedouro secava, a panela não tinha sido temperada.
Pela mesma associação extravagante de sinhá Vitória, lembrei-me de uma façanha.
Logo após concluir o curso de engenharia, fui trabalhar em Salgueiro-PE. Depois de um cansativo dia de trabalho, fui tomar um “caldo de mocotó” numa barraca de feira. A higiene não era lá essa coisa, mas a fome era enorme.
O caldo fumegante; iniciei a saciação. De repente, um besouro maligno frecherou no prato. Instintivamente, joguei-o longe e continuei a sorvedura. Uma delícia!
Conversa puxa conversa. Lembrei-me de lingüiça. Da piada da lingüiça.
Contam que um bem sucedido fabricante de lingüiça vivia às turras com o filho adolescente. O sujeito não queria nada com a vida.
Certo dia, o empresário teve a idéia de levar o preguiçoso para inteirar-se do funcionamento da fábrica:
__ Filho, tá vendo isso aqui? Tira o couro do animal. E isso aqui? Tira os ossos. Já essa máquina, essa máquina é uma maravilha: pode-se dizer, coloca-se o animal de um lado, do outro sai a salsicha.
O filho abasbacado. O pai empolgou-se: __ vou te confidenciar filho, às vezes a salsicha é de jumento.
O adolescente não se conteve: __ Paié, se se coloca o jumento de uma lado da máquina e sai salsicha do outro, será que se colocarmos a salsicha deste lado sairá jumento pelo outro?
De chofre, cuspiu-se a resposta: __ o único lugar em que coloquei uma salsicha e saiu um jumento foi na tua mãe.
Mudando de assunto, publico os gráficos das corridas.